Há algo de ligeiramente errado na música destes sul-africanos "John Wizards", como o relógio digital que se vislumbra no pulso de um actor numa recriação de época.
Um ligeiro sentimento de deslocação temporal e geográfico, como se Lusaka fosse um bairro de Detroit ou se Paul Simon tivesse usado um Mac Book artilhado com VCTs na gravações de Graceland.
A música congeminada por John Withers e Emmanuel Nzaramba é artificial e orgânica ao mesmo tempo, agitada e tranquila, futurista e retro, como se existisse num limbo, entre África e o espaço sideral.
O meu disco do ano!
Agora que ligo a televisão...nem a propósito...
(in, Blitz, 12-13)