"Globbots", "Bribcots" e "Saroos", "space boats", " magnetic fields" e "orbits"...
Só pelas palavras usadas nos títulos já dá para perceber que, de facto, Joe Meek ouvia um mundo novo quando na década de 60 ainda não tinha dado ao mundo os Beatles e George Martin ainda não tinha entendido plenamente as potencialidades do estúdio.
Joe Meek estava à frente!
Fascinado pela promessa do espaço que os primeiros foguetões e satélites anunciavam, Meek usou a imaginação e uma normalíssima banda de skiffle para no seu apartamento criar uma obra que ajuda a explicar muita coisa na pop.
Originalmente editado em 1960, "I Hear A New World", acaba agora de ver a luz de novo sob tutela da Cherry Red.
Reverbs, delays e loops ao serviço de uma visão excêntrica que transforma ecos de country e de easy listening havaiano numa pop literalmente extraterrestre.
Meek teria um fim trágico depois de recusar trabalhar com os Beatles e David Bowie, e a sua vida deu mesmo origem a um filme.
Um bravo para todas as editoras que acreditam que vale a pena reeditar um disco, mesmo que tenham passado muitos anos.
Mais um para a prateleira dourada da Xangai deste ano.
(adpt., Blitz 06/13, RMA)
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