
Fundada em Janeiro de 1998, em Viena a “The First Vienna Vegetable Orchestra” reúne 10 músicos das mais distintas áreas, um cozinheiro e um técnico de som. Poderá parecer estranho um cozinheiro integrar a orquestra… Mas o motivo é pertinente. É que no final de cada concerto esta Orquestra convida o público presente a degustar uma sopa com os instrumentos (vegetais) utilizados.
Com dois discos editados até à data “Gemise”, de 1999 e “Automate”, de 2003, a “The First Vienna Vegetable Orchestra” cria os seus próprios instrumentos e o processo desenvolve-se em cada actuação ao vivo. «Cada vez que tocamos juntos aperfeiçoamos os instrumentos e vamos experimentando novas variantes. Por isso, trata-se mais de uma evolução do que propriamente de uma criação de instrumentos. Às vezes limitamo-nos a combinar dois instrumentos e assim criamos um outro, novo.», referem os músicos no seu site oficial.
Os instrumentos são desenvolvidos, as composições seleccionadas ou criadas a partir duma grande multiplicidade de estilos, desde a música tradicional africana aos clássicos europeus à música experimental ou à electrónica. Os instrumentos são vegetais e em alguns casos (poucos), a orquestra recorre também a utensílios de cozinha. Tudo isto junto cria um autónomo e novo estilo de música impossível de comparar com os sons convencionais. «Acreditamos que produzimos sons que não podem ser reproduzidos com facilidade por outros instrumentos. Ouve-se a diferença… umas vezes o som extraído soa a ruídos de animais, outras vezes sai algo mais abstracto… Esse som mais abstracto vamos explorá-lo no nosso próximo trabalho, os novos temas são inspirados na música electrónica contemporânea». Outra nota curiosa sobre este espectáculo é que a orquestra só actua com vegetais frescos «é difícil tocar em vegetais de má qualidade ou em vegetais que não estão frescos porque acabam por não ser estáveis.», referem. Por este motivo os vegetais que vão dar origem aos instrumentos do espectáculo de 10 de Março serão seleccionados pela Orquestra e comprados, no próprio dia, no mercado da cidade. É uma forma do público disfrutar, uma vez mais, do que ouviram no espectáculo e de conviver com os músicos."
(Fonte: www.attambur.com)
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