terça-feira, 19 de dezembro de 2006

THOMAS BRINKMANN: KLICK REVOLUTION (Ed.MAX.ERNST)

Já lá vão seis anos desde que Brinkmann editou uma das suas mais famosas peças. Klick continha as experiências sonoras realizadaspor este artista através dos cortes aplicados em discos de vinil.
Munido apenas com dois gira-discos, uma mesa de mistura e um processador de efeitos, conseguiu criar uma nova forma de escutar e fazer música – techno analógico de nascentes lo-fi. A nova revolução pode ter muito a ver com o software usado para organizar os sons propostos. Porque se os processadores e os programas permitem mais e melhor, não quer isso dizer que o aspecto final tenha que ser de plástico.
Por isso, Brinkmann continua ausar matéria prima exótica para produzir as suas obras de arte - desta vez trocou os discos de vinil pelos flippers. Até pode ser uma ideia futurista mas, aquelas máquinas de pinball com a bolinha em metal reluzente já não são propriamente do séc. XXI. E por isso mesmo este é um disco que abarca várias gerações – as que ainda se lembram de tal máquina poderão fazer um jogo tentandoidentificar os vários momentos da acção, as outras serão enfeitiçadas pelo ambiente narrativo que pode ser criado através de tãosimples ideia.
Por mais processados que estejam os sons, o resultado final é sempre uma obra de arte, nunca escutada no catálogo de tão prolífico artista.

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