
Vicki Bennett é sem dúvida uma artista multifacetada, recoletora do passado, alquimista do presente e defensora do futuro. Noutras circunstâncias, poderia ser chamada de historiadora, mas na verdade não é fácil encontrar um termo para definir o processo criativo realizado por esta inglesa. O seu método de construção pode ser ligado agrupos de referência tendo em conta o trabalho de campo que serve de alicerces às suas peças sonoras – desde o Dada passando por John Cage, Fluxus ou até John Oswald. Explorando a maleabilidade daquilo a que se chama “found sound”, Bennett reconstrói as gravações dando origem a algo completamente novo. As inevitáveis paisagens surrealistas, assumidamente humorísticas, assumem dimensões de beleza incomensurável. Nas suas performances, o ambiente sonoro é igualmente acompanhado pela metade visual. A narrativa resultante, construída com imagens “vintage”, complementa a música de forma perfeita – distinguir se temos uma banda-sonora para o filme ou um videoclip para uma música torna-se tarefa difícil. Como People Like Us, a experiência laboral é incontornável, gravando nas mais respeitadas editoras independentes: Staalplaat, Tigerbeat 6, Asphodel, Rough Trade… Ao vivo, já mostrou o seu trabalho, tanto sonoro como visual, nos mais importantes cantos do planeta destacando-se a performance em Dezembro de 2004 na Tate Modern de Londres, aquando da instalação de Christian Marclay “Sound of Christmas”.
(Site Oficial:
http://www.peoplelikeus.org )
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