
A actual exposição que pretende divulgar a importância da obra gráfica contemporânea (serigrafia, gravura, litografia) apresenta um núcleo de artistas históricos do século XX, em Portugal, como Julio (o poeta Saúl Dias, irmão de José Régio), artista da Presença, precursor entre nós do cubismo, do expressionismo e do surrealismo, artista conhecido sobretudo pela sua série “poeta”, Cruzeiro Seixas e Raul Pérez (expoentes do surrealismo português), José de Guimarães, pintor, escultor e artista gráfico, o nosso artista mais internacional, Carlos Calvet, próximo do Surrealismo e da Pop, Lima de Freitas que a partir do neo-realismo se tornou o nome mais representativo de uma antropologia do imaginário, Júlio Pomar, que partindo igualmente do neo-realismo evoluiu para um estilo que reconstitui aspectos fundadores do imaginário do século XX, passando pela iconografia da própria pintura, Eurico Gonçalves divulgador entre nós da ligação do espírito Dada ao Zen, Noronha da Costa que se notabilizou com uma moderna versão do “sfumato” praticado por Leonardo da Vinci e pela ambiguidade entre o real e o irreal, tanto nos seus objectos surrealizantes como na sua pintura, Rogério Ribeiro com a sua figuração poética e simbólica que encena figuras míticas e imagens do inconsciente colectivo e Leonel Moura, expoente da Bio-Arte (lançou internacionalmente a arte dos robots).
Outros artistas já consagrados, estão também presentes nesta mostra: os espanhóis José Manuel Ciria e Esther Pizarro, representativos de novas tendências na arte do seu país, Fabesko, francesa e os portugueses Carlos Barroco, Domingos Mateus, Joana Rosa, José Pádua, Luís Lemos, Manuel João Vieira, Mena Brito, Nuno Medeiros, Querubim Lapa, Rico Sequeira, Rodrigo Ferreira, Rui Paiva, Silva Palmeira e Xana, sem esquecer os Mestres da gravura contemporânea: David de Almeida e Humberto Marçal (responsável pelas edições do CPS).
Um naipe de artistas capazes de atrair um novo público e de chamar a atenção para o papel da obra gráfica na divulgação e valorização da arte contemporânea. Esta expressão reveste-se de um alto valor pedagógico, na medida em que familiariza esse mesmo público no seu quotidiano, com a linguagem plástica da modernidade, tornando-o mais disponível para o seu entendimento e apreciação.
Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG)Rua do Quelhas, nº 6, 1200 Lisboa
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