
Um sonho infantil que pode abrir espaço a uma arena onde os sons vagueiam à sua vontade. Mas quando soa o apito final, todos esses sons sabem ocupar o lugar correcto no tempo e espaço. Rumpelzirkus não será certamente o facto estético pelo qual todos almejamos, mas a aparente inocência a que nos sujeitamos num disco – talvez excessivamente longo – que tanto alude à nostalgia dos tempos mais pop de uns Underworld, os dias mais carismáticos de Herbert ou à melancolia de David Sylvian e abraça simultaneamente, de forma coerente, a gramática da música destes últimos tempos, já serão motivos de sobra para escutar todos estes deliciosos malabarismos.
Um empilhamento de várias referências, entre elas a folk, num único trapézio que, baloiçando obliquamente, sabe equilibrar com habilidade diversas estéticas sem nunca perder o centro gravitacional.
(Fonte: Excerto artigo de Rafael Santos - 20/07/2007)
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