terça-feira, 9 de outubro de 2007

Zona6.org

Enquanto muitos em Portugal anunciam a morte do vinil, os indíces mundias de venda do suporte não param de subir. Todas as semanas produtores e bandas editam e comercializam os seus trabalhos em suporte analógico/vinil.
(A maioria das prensas de vinil que existiam no nosso país até 1987, estão agora em Inglaterra em pleno funcionamento!)
Não são números capazes de saciar a sede das editoras comerciais, contudo, mostram que o formato que nos últimos anos esteve ligado exclusivamente ao segmento de DJ's e coleccionadores, tem ganho território.
Dada a inegualável definição do suporte analógico e da possibilidade de manipulação, o Vinil atraiu e conquistou, nas decadas de 80 e 90 os produtores dos novos géneros de música electrónica.
Apesar das novas conquistas digitais, o CDJ ou os emuladores de Vinil, o suporte analógico está em alta nos meandros da Cultura Urbana.
Graças aos produtores independentes e DJ´s, o Vinil continua a "girar" nos pratos, encantando pessoas por todo o mundo e adquirindo já, um estatuto de Culto.
Nascida na Jamaica, à volta dos Sound Systems e de toda a Cultura Reggae, a gravação de Dubplates – vinil à unidade - assume hoje uma proporção que se expandiu a diferentes géneros de música. Á imagem Jamaicana, a ideia de cada Sound System passar “sons únicos” em Vinil e disputar pelo melhor som, chamou a atenção no berço da Música Electrónica – Inglaterra.
Em cidades como Londres ou Bristol, DJ/Produtores começaram a poder produzir, gravar e passar em clubs, bares ou festas privadas, o seu trabalho em Vinil.
O dubplate possibilita ao artista, a gravação de um único disco em Vinil, ao invés de ter que esperar um dia ser editado ou de ter que gravar 500 ou 1000 unidades de uma vez para poder ter e passar a sua música em Vinil!
Nada melhor poderia ter acontecido para fomentar a produção e globalização dos novos géneros, e a continuidade do Vinil na indústria musical.
O resultado está á vista, em clubs, bares ou discotecas espalhados por todo o mundo as “bolachas de plástico” não param de tocar as últimas produções vindas de Inglaterra, França, Alemanha, Jamaica, Estados Unidos ou Brasil. Do Reggae ao Hip Hop ou Drum&Bass milhões de pessoas vibram ao som da inconfundível definição analógica.
Parece revivalismo, não é, por várias razões é um facto irrefutável.

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