sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Moagem recebe Carlos Zíngaro e Francis Plisson!

No próximo dia 24 de Novembro, pelas 21:30h, terá lugar no Auditório da Moagem-Cidade do Engenho e das Artes no Fundão, o espectáculo " L'écho de mon corps répété dans le battement d'une aile murmurante" (O eco do meu corpo repetido no bater de uma asa murmurante) com concepção coreográfica, interpretação e cenografia de Francis Plisson e criação musical e interpretação de Carlos Zíngaro.
" L'écho de mon corps répété dans le battement d'une aile murmurante”, é sobretudo um encontro, o de Francis e de Carlos, o seu violino, as suas máquinas. Seguidamente é o trabalho do bailarino/coreógrafo no seu próprio corpo, sua memória e seu futuro.
É uma criação híbrida, o espaço dum intermédio onde a matéria sonora é concebida pelo movimento do corpo-instrumento, onde cada um utiliza o seu espaço memória como elemento para criar uma narração comum em directo.
Um espectáculo incessantemente em movimento, recriado em permanência de acordo com o espaço e o seu público. Uma dança sonora captada e tratada novamente com o gesto como base à criação musical em directo.


Excerto da revista JAZZ.PT, por Susana Paiva (Dez. 2006)

“Francis Plisson faz parte destes coreógrafos que têm uma dupla formação musical e coreográfica. A sua busca orienta-se muito rapidamente para esta dupla linguagem dança/música e o conduza a criar um vocabulário singular. No "Eco do meu corpo repetido no embate de uma asa murmurante “, Francis Plisson explora um corpo sonoro (respiração, vozes, fricção dos passos no solo...) e faz nascer uma música do corpo composta em tempo real por Carlos Zíngaro.
A dança, abstracta, composta essencialmente de movimentos concêntricos, deixa a emoção invadir o espectador."
Gwénola Le Corre, Secretária geral do Hall dos Grãos/Cena Nacional de BloisQuando o corpo que dança torna-se um instrumento “Desde os primeiros minutos do espectáculo " L'écho de mon corps répété dans le battement d'une aile murmurante”, todos os ingredientes do sucesso estão reunidos. A frutuosa colaboração artística entre Francis Plisson e Carlos Zíngaro, fruto de uma residência no Petit Faucheux (em Tours na França) entre Setembro e Novembro de 2006 encanta-nos.
O que é que adveio da separação entre o movimento e o som, há aqui uma simbiose perfeita: um só e virtuoso instrumento em cena – o corpo que dança. Um corpo que contrabalança entre sonho e realidade, entre desejo e fantasma, que Carlos Zíngaro, na sua mobilidade silenciosa, movimento após movimento, amplifica, controla, dirige e transforma, criando assim diversos universos sonoros que cruzam a abstracção e o concreto.
Um trabalho invisível, na frente dos olhos do espectador, a partir das primeiras luzes, os passos, gestos e movimentos de Francis Plisson são por uma surpreendente magia, areia, vento, calma e tempestade.
Um extraordinário espectáculo de poesia, construído pela rara sensibilidade e a evidente maturidade dos seus criadores, que, indubitavelmente, mérito de múltiplos revisões tendo em conta que abrindo o espaço a improvisação, sonhos e viagens internas que nunca mais se repetem.”

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