
Portanto deixem de chamar nomes ao cigano que vos vendeu o Cd naquela manhã de Sábado e sintam-se uns sortudos por terem nas mãos essa pérola (vá pronto, tirando as impressões das capas, são foleiras até mais não!).
Para quem defende com unhas e dentes que o melhor da música já foi inventado e que agora tudo não passa de mera imitação, ou como dizem os experts, "influência de Bristol" ou "vocalizações robóticas krafterwkianas", meus senhores apresento-vos: Why? - Alopecia!
Para quem defende com unhas e dentes que o melhor da música já foi inventado e que agora tudo não passa de mera imitação, ou como dizem os experts, "influência de Bristol" ou "vocalizações robóticas krafterwkianas", meus senhores apresento-vos: Why? - Alopecia!
Quando se tenta procurar a genealogia recente dos cruzamentos felizes entre hip-hop com as matrizes do indie-rock, o nome de Yoni Wolf salta à distância!
Filho de um rabi judeu, a sua aventura enquanto elemento pioneiro dos cLOUDEAD produziu um legado para o futuro e ajudou a fazer da casa editorial, a Anticon.
Quando se chateou de "aturar" os seus companheiros de viagem, Yoni aventurou-se a solo encapsulado no invólucro Why?, acabando mais tarde por decidir reunir um grupo debaixo dessa designação.
E assim nasceram os Why?
Lançaram um primeiro álbum...não conheço, até que encontrei Alopecia este ano, com marca TomLab (que também não se cansam de fazer coisas boas...).
Lançaram um primeiro álbum...não conheço, até que encontrei Alopecia este ano, com marca TomLab (que também não se cansam de fazer coisas boas...).
Ciente das limitações impostas pela sua fraca amplitude vocal, Yoni montou canções construídas através de colagens líricas e de uma combinação de dissonâncias em níveis cruzados, que deitam mão a expedientes próprios do imaginário indie!
Simplicidade!
Baixo e guitarras, teclados hip e ritmos hop!
Ainda não chega?
Ok, então juntem-lhe mais alguns ingredientes pilhados aqui e ali através de samples e um característico humor irónico que torna a mistura ácida, ou melhor acidulada.
Um disco a saber a laboratório, quase sempre inteligente, divertido, intenso e estimulante, que oscila entre o minimalismo e a intransponível complexidade, onde se destacam momentos de elevada inspiração, mas também de reflectida introspecção tendo a morte como tema central.
Um disco a saber a laboratório, quase sempre inteligente, divertido, intenso e estimulante, que oscila entre o minimalismo e a intransponível complexidade, onde se destacam momentos de elevada inspiração, mas também de reflectida introspecção tendo a morte como tema central.
Um verdadeiro balanço equilibrado entre algum aventureirismo, um apurado trabalho arqueológico em busca de fragmentos do passado e a estimulação intelectual, que tornam Alopecia um registo digno de proporcionar óptimos momentos de degustação musical.
Mas porquê?
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