
Mas será que o chill morreu?
Pessoalmente, sou daquelas pessoas que acredita cada vez mais no potencial conceptual do chill e que contraponho furiosamente a ideia de ser encarado como um estilo musical meramente decorativo e de utilização futilmente entendida como puro entretenimento...como se fosse música para entreter ou para a malta ouvir quando já saltou o suficiente e quer descansar um pouco.
Há quem o utilize como pretexto para "fumar uns charros" e desculpar-se com ele dizendo que "...esta música pede mesmo um canhão...".
Mas como não sou o único a pensar assim, também existem mais pessoas no meio do mundo da produção de música electrónica a pensar da mesma maneira e que constantemente dão provas de que o chill é mais do que música da "engonha", hoje trago-vos um artefacto musical capaz de deitar abaixo, ou fazer-vos pensar naquilo que é o chill e naquilo que se poderá vir a transformar...aliás, naquilo em já se encontra transformado o fenómeno chillout.
Chama-se "Alpha & Omega" e é o novo registo de Arne Weinberg!
Parece directamente saído de uma cápsula do tempo selada em 1993/94.
Toda a cultura Artificial Intelligence que a Warp promovia na época e que. de facto, soava à música popular mais futurista jamais ouvida, é aqui preservada no seu estado mais puro.
Arne Weinberg é um dos mais dedicados produtores actuais a cultivar o espírito quase ancestral, perto das raízes, desta música evocativa de futuros ainda não conhecidos e apenas esboçados nas imagens pixelizadas dos videos nas salas de chill out de raves vintage.
Incluído como bónus um álbum completo de temas ambientais, reforçando esta edição como a melhor porta de entrada para um estudo sociológico da época desde a aparição dos arquivos dos B´52.
Para fazer pensar e aproveitar a deixa para mandar umas bocas para o ar...assente a quem assentar...sim, mesmo a ti oh Gimba (o original)!
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