domingo, 31 de maio de 2009

Quem disse que o Brasil é bossa?

Ontem fui a uma festa de transe!
Há quanto tempo não ia a uma festa dessas...mas até gostei.
Bom som, excelentes variações de estilos de som e acima de tudo um óptimo critério na escolha do encadeamento e organização da noite.
Vim de lá com outra ideia daquilo que eu imaginava ser a (cultura) transe...pelo menos "na minha altura" em que as "transe parties" eram uma constante aos fim de semana.

Cada vez gosto mais da música de dança!
A música dançante está cada vez mais próxima daquilo que eu idealizo com algo perto da perfeição artística.
As pistas estão cada vez mais inteligentes e o velho conceito da música de dança "para partir" está a deixar de fazer sentido no sentido lato do termo.
Autênticos engenheiros da manipulação e muitas vezes portadores de outros conhecimentos "científicos" e outros, hoje os produtores e DJs procuram a toda a hora provar que aquilo em que acreditam (?) e lançam encruzilhadas mentais para quem os ouve.
Está mais inteligente! Desafiante! Empolgante! E isso é bom!
Sem ter certezas, acredito piamente que é este o caminho a seguir na evolução de um som, de uma cultura...
E por isso hoje trago-vos um dos nomes mais importantes desta evolução e que ao longo destes últimos anos, me tem feito pensar que "se Portugal não é só um país e fado, o Brasil de certeza absoluta que tambem não é um país só de bossa nova..."
Gui Boratto!
Arquitecto, músico e compositor, Gui Boratto, iniciou a sua carreira na publicidade quando tinha apenas 19 anos de idade, tendo de seguida acumulado uma experiência de 10 anos a trabalhar em editoras como a EMI, Virgin, BMG ou ZYX, e colaborado com artistas como Pato Banton, Mano Chao, Gal Costa, Chico Buarque, Fernanda Porto, Kaleidoscópio ou Jay Vaquer.
Há pouco mais de quatro anos, Gui Boratto começa a dedicar-se, com empenho, às suas próprias produções com resultados quase imediatos. A recém criada K2, afecta à Kompakt, edita o seu 1º EP “Arquipélago” em 2005, e, no mesmo ano, a Plastic City e Circle Music lançam “Sunrise” e “Twiggy Ep” repectivamente.
2006 foi um ano bastante proveitoso para Boratto com “Sozinho” pela K2, “Beluga” através da Audiomatique Recordings, parente da Poker Flat de Steve Bug, segudido de “Like You”, na série Kompakt Pop, que conta com uma remistura de Supermayer (Superpitcher e Michael Mayer).
Em 2007 vem a consagração, com o muito aplaudido álbum "Cromophobia", considerado por muitos (e por mim), um dos mais importantes discos do ano e que conferiu definitivamente a Gui Boratto o estatuto de estrela.
Nos anos que se seguiram editou uma série de EP’s por casas como a Systematic, Plastic Cty, Defrag, Audiomatique, K2 ou Kompakt Extra, remisturou temas de Goldfrapp, Pet Shop Boys, Bomb The Bass, Monoroom ou Billy Dalessandro, e viu o seu trabalho revisto por Martinez, Sian, Jay Haze, ou Patrick Zigon.
No inicio de 2009 dá a conhecer "Atomic Soda" e "Ballroom", dois dos temas que viriam a integrar o seu 2º álbum, “Take My Breath Away”.
Continua a seguir a linha tech-house que o caracteriza, com utilização de sintetizadores que suportam a melodia e uma estrutura pop bem vincada, ora com temas lentos e melancólicos ora com os pés bem assentes na pista de dança.
Gui Boratto vai andar por aí em Junho! 25 no Lux, 26 na Via Latina e 27 no Teatro Sá da Bandeira.
Marcamos encontro?!

Esta malta não é muito dada ao "videoclip" por isso levam com a "Atomic Soda" que faz parte de "Take My Breath Away" pura e crua.

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