
Da deliciosa influência de Prince em "I'm in Love With a Ripper", até a sensacional "The Afterlife", YACHT não manda mensagens subliminares nem dita novos comportamentos juvenis, apenas faz dançar.
A cronologia de referências é até óbvia: DFA e a pedra fundamental do The Rapture, passando por desafogados rasgos pop da sequela Ting Tings e New Young Pony Club no single "Psychic City" (isso é um elogio, ok?), Jona e Claire mostram o lado imprevisível de Portland, a Porto Alegre dos Estados Unidos, assimilando os pressupostos "a la Animal Collective/Of Montreal".
Aleatoriedade repetina de ritmos e cadências, num mundo "pós-pós-punk" e indietrónico que faz dançar e canta coisas simples ao mundo, como o amor por uma "ripper" (descobri depois que tem a ver com algo como o difamador termo "galinha").
No entanto para além do "coolness indie" dançante, YACHT parece saber bem o valor da música negra e volta aos sagrados anos 80/90 com "I'm in love with a Ripper" com os "tradicionais" claps e camada de beats, vocais de electrofunk e groove indefectível.
O disco, com apenas 9 faixas chega aos 45 minutos, trazendo um remix de "Party Mix" para a faixa, bem ao estilo de Juan McLean.
Livre expressão, música e internet como uma convergência cultural irreversível, performance, consciencia de grupo e o mistério da criatividade.
Sem comentários:
Enviar um comentário