
Senhoras e senhores, um dos poucos priveligiados a pisar os azulejos da mansão de Hugh Hefner e que conviveu directamente com James Bond entre as muitas coelhinhas arrebitadas, o ilustre Dimitri From Paris!
A cidade que viu nascer e crescer projectos incontornáveis das electrónicas europeias como Daft Punk, Air ou Cassius, dá nome a um dos Djs e produtor mais requintados do disco sound do novo milénio.
Dimitri From Paris é o nome artístico do francês com ascendência grega Dimitri Yerasimos e a escolha do nome revela o músico, foi algo bastante natural.
"Sou eu mesmo, não é um alter-ego. É óbvio que é um exagero, peguei em elementos meus e ampliei-os, mas sou definitivamente eu".
Quando em 1996 se estreou nos álbuns de estúdio com "Sacrebleu", Dimitri já contava com uma valente carreira atrás dos pratos.
Embora seja defensor acérrimo da cultura disco, o músico começou os seus ensinamentos no hip-hop.
"Fui ao primeiro concerto de rap em Paris e revelou-se um espectáculo de mistura entre pintores de graffiti, bailarinos, Djs e Mcs. Eu achava que ser Dj era só pôr discos, vi-os fazer scratching e beats e percebi que estavam a fazer algo criativo. Foi um mundo novo que se abriu à minha frente. Basicamente, senti-me atraído pelo facto de poder manipular algo que era estático".
Daí a começar a experimentar em casa foi um passo e tornou-se um hobby que passou a algo mais sério quando no final dos anos 80 saltou para as rádios.
"Comecei por fazer edits em k7 e estava completamente entregue a mim póprio. Não havia ninguém a dizer-me como se fazia aquilo. Com a explosão do house, comecei a perceber como as coisas funcionavam, mas só lá para final dos anos 90 é que tive verdadeira noção da história do house e do disco e percebi de onde vinham as coisas".
Quatro anos após a estreia em produções próprias, Dimitri From Paris destacou-se verdadeiramente no circuito das electrónicas com "A Night at the Playboy Mansion", a sua carta de amor ao disco sound.
"Gosto muito do facto de o disco sound ser muito humano."
A paixão pelos estilos de música mais sofisticados foi-lhe incutida pelos filmes que via quando era mais novo, porém o francês não se sente preparado para tomar as rédeas de bandas-sonoras.
"Tive algumas ofertas, mas não tenho dedos para tocar aquilo que me vai na cabeça, por isso compor várias peças de música para um filme seria bastante complicado".
Com a tripla colectânea "Night Dubbin´" acabadinha de chegar às lojas com um forte aroma a anos 80, Dimitri Fro Paris não mostra grande pressa em criar originais.
"Se estiver inspirado e arranjar tempo, fá-lo-ei, mas não ´´e uma coisa que eu sinta como obrigação".
O retrato de um gentleman à moda antiga!
Sem comentários:
Enviar um comentário