
Na Xangai não somos muito dados à comemoração de acontecimentos deste género, porém o fenómeno "Amália depois de morta" (chamemos-lhe cruamente assim...), tem levantado em mim grandes questões no tocante à maneira como se "louva" e "aproveita" o balanço ondulante da passagem da diva do fado em Portugal.
Que foi uma grande intérprete desse género tão tipicamente luso, disso ninguém dúvida.
Que levou o nome do fado e de Portugal além fronteiras, também não.
Que teve uma vidinha "à grande e à francesa", dizem que é verdade...mas não vi.
Ligações a governos ditatoriais, vícios obscuros e envolvimentos amorosos duvidosos...não sei, mas até gostava de saber mais...eheheh
Respeito e merece todo valor por tudo isso.
Depois há o "depois da sua morte"...e aí o caso é outro.
Já pensaram bem na quantidade de maltinha que por esse Portugal fora, se tem aproveitado do fenómeno Amália para inventar grupos novos com roupagens diferentes mas a interpretar temas dela?
E a qualidade e consistência da música produzida?
Será que isso interessa ou é só porque vende e acima de tudo está na moda?
Então e se a comunicação social até dá um jeitinho...vá de aproveitar!
E alguém se preocupa com isso? Se calhar, há por aí uns poucos (se calhar mais do que imaginamos!) que ouvem aquilo e pensam que se a Amália estivesse viva preferiria ouvir um disco riscado do Charles Gainsbourg a esses e determinados projectos que se dizem beber da fonte da Amália.
E alguém se preocupa com isso? Se calhar, há por aí uns poucos (se calhar mais do que imaginamos!) que ouvem aquilo e pensam que se a Amália estivesse viva preferiria ouvir um disco riscado do Charles Gainsbourg a esses e determinados projectos que se dizem beber da fonte da Amália.
Fonte? Qual fonte?
Desculpem mas não nomeio ninguém, pois o clima na Xangai não tem sido propício a juízos de valor/acusações...no entanto, deixo só a minha reflexão, que de há alguns meses a esta parte me tem invadido.
Depois há os bons projectos...aqueles que se distanciam "desse fenómeno que é Amália Rodrigues" e fazem uma vénia de respeito e reconhecedora do valor da diva, sem terem que trazer atrás os jornais e as televisões.
Desculpem mas não nomeio ninguém, pois o clima na Xangai não tem sido propício a juízos de valor/acusações...no entanto, deixo só a minha reflexão, que de há alguns meses a esta parte me tem invadido.
Depois há os bons projectos...aqueles que se distanciam "desse fenómeno que é Amália Rodrigues" e fazem uma vénia de respeito e reconhecedora do valor da diva, sem terem que trazer atrás os jornais e as televisões.
Ninguém os conhece e se calhar também não querem ser muito conhecidos...ainda bem. conhecem só aqueles que querem conhecer.
É para esses que o dia de hoje tem sentido e é para esses que eu hoje escrevo e os felicitá-los pela capacidade que tiveram em dignificar uma das personagens mais importantes da música feita em terras nacionais.
Claro, que não devem ter chegados as 5000 cópias de discos vendidos...mas mesmo assim têm um cantinho dedicado para eles aqui na Xangai.
Estes temas são retidos da compilação "Amália Revisited" de 2005 que reúne alguns dos projectos e artistas mais representativos da nova vaga da música em português que ao longo de 15 temas, se viaja pelao hip hop, pop, blues, electrónica...e fado.
É para esses que o dia de hoje tem sentido e é para esses que eu hoje escrevo e os felicitá-los pela capacidade que tiveram em dignificar uma das personagens mais importantes da música feita em terras nacionais.
Claro, que não devem ter chegados as 5000 cópias de discos vendidos...mas mesmo assim têm um cantinho dedicado para eles aqui na Xangai.
Estes temas são retidos da compilação "Amália Revisited" de 2005 que reúne alguns dos projectos e artistas mais representativos da nova vaga da música em português que ao longo de 15 temas, se viaja pelao hip hop, pop, blues, electrónica...e fado.
Sam The Kid, Kandoo (Valdjiu dos Blasted Mechanism), Bulllet feat. Liana, Alex Fx feat. Marta Bernardes, Cool Hipnoise, Fusionlab feat. Kalaf, Ka§par & Rui Murka feat. Melo D, João Pedro Coimbra feat. Ana Deus, Donna Maria, Lisbon City Rockers feat. Margarida Pinto, Mr. Tea feat. Orlanda, JC Loops feat. Ana Laíns, Yoda feat. Ana Vieira, Maria João Branco e Metrô são os nomes por trás de uma nova visão da senhora que foi Amália Rodrigues.
E pela segunda vez na curta história da Xangai, a possibilidade de fazer download de mais um excelente álbum.
Ainda bem que cheguei hoje, amanhã não teria tanto sentido.
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