
Gary Levitt, o mentor, compositor e figura maior em torno do qual giram todos os processos criativos nos Setting Sun, fala de «Fantassureal» como o disco mais fácil que alguma vez terá feito, fruto de uma necessidade libertadora de colocar em música todas as ideias que o assaltaram na estrada, quando andava empenhado em mostrar ao mundo «Children Of The Wild», o seu anterior esforço em longa-duração.
Talvez por isso «Fantassureal» surja imerso num sentimento transbordante de liberdade, como se o seu autor gritasse a plenos pulmões a alegria de fazer música que é escutada com prazer e que, boa parte das vezes, bendispõe quem a ouve.
São canções de ritmos marcados, de ascendência vincada na folk-psicadélica, uma costela roubada a influências orquestrais e um gosto especial pelas harmonizações, ainda que cruzadas na horizontal por teclados alucinados que lhes conferem um toque excêntrico mas, em simultâneo, de sofisticado apelo.
É mesmo num mundo surreal e fantástico que Levitt nos convida a entrar, fazendo-nos sentir acolhidos do primeiro ao último acorde.
Um disco pop, pois claro!
(in, Domínio dos Deuses)
Música avançada, evidentemente!
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