domingo, 29 de agosto de 2010

Era uma vez uma América controladora!

Foram precisos três anos de trabalho de estúdio, um marido pragmático, um cão, um milhão de ficheiros de som e uma artista à beira da loucura para que "Homeland", editado agora pela Nonesuch visse a luz do dia.
O disco não é mais do que a contínua reflexão de Anderson sobre a América enquanto metáfora do mundo contemporâneo.
Em "Another Day in America" dá-nos a conhecer o comentador social Fenway Bergamot, um alter-ego chaplinesco que narra um olhar mordaz sobre os Estados Unidos.
Apesar da aparente frieza conceptual, "Homeland" é um trabalho emotivo e universal.
A polirritmia do seu violino pré-amplificado acompanha tanto vozes tuva como uma versão efabulada da génese da memória, segundo uma peça de Aristófanes de 414 A.C.
Sem dúvida, não é um disco para se ouvir mas antes para se experimentar de uma só vez!



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