Em apenas 7 temas, num total de 17 minutos, Dollboy e Sone Institute estendem-nos nos braços um disco que é uma pequena preciosidade, no qual uma límpida e aveludada sensibilidade melódica se deixa envolver por ruídos enigmáticos, discretos e quase silenciosos.
No fundo trata-se de uma combinação natural, se pensarmos nos trajectos de Dollboy (Ollie Cherer) e de Sone Institute (Roman Bezdyk), mas a verdade é que transcende a simples adição da expressividade orgânica inspirada na folk digital de Cherer à manipulação catártica de fragmentos de electrónica de Bezdyk.
Juntos, estes dois elementos souberam adquirir um equilíbrio imersivo, no qual dominam os seus aspectos oníricos e são dominadas as espasmódicas disfunções electromecânicas.
Tomado como um todo contínuo ou saboreado em cada uma das suas sete partes, "The Sum And The Difference", revela-se uma pequena mas intensa obra, que propõe elementos musicais concretos a pequenos ruídos abstractos, não enquanto contendores de uma batalha sónica, mas sim como druídas de uma nova poção mágica, indutora de sonhos mântricos e de questionamentos surreais.
Pequeno e belo!
Pesquisei por todo o youtube por uma faixa deste "pequeno miminho redondo", no entanto não encontrei nada!
Assim sendo, deixo-vos com a ("minha") melhor faixa de cada um destes dois convidados de honra que de há uns tempos a esta parte se têm vindo a encontrar à mesa e discutir o bom gosto e a definir o puro conceito do requinte...para term uma ideia da fantástica e hibrida amálgama sonora prometida.
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