segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O jazz de hotel...

Há muito que me perco pelas rua e vielas desta cidade que é a "música contemporânea".
No meu percurso de exploração desses territórios, juro e afirmo já ter tocado no limiar da perfeição possível e de ter sentido aquilo que nunca irei sentir no meu outro lado da lua, no entanto, esta terra é fertil em situações no mínimo caricatas, mas que acabam por marcar um determinada momento.
Concertos, experiências auditivas, excentricidades de personalidade ou pura magia sonora...enfim!
Como sou daqueles que não gosto de andar com "a guedelha a bater nas orelhas" decidi ir cortar o cabelo.
Por entre montes de revistas burlecas (chamemos-lhe assim...), encontro uma publicação francesa (quiçá esquecida por algum emigrante de passagem estival...) relacionada com o mundo dos cabelos. Na sua parte final, encontro uma espécie de um espaço dedicado aos discos de referência com a consequente revisão.
Foi assim que dei com Cassandra Wilson em "Silver Pony" editado no ano passado.
Larachas de um tradicional amante do bom jazz...e eis que dei com um novo rótulo ou categorização musical: jazz de hotel!
Jazz de hotel? Mas afinal o que vem a ser isto do jazz de hotel?
Será aquele música baixinha que nos invade sempre que entramos na recepção de algum hotel e nos acompanha até ao elevedor?
Ou aquela música (também baixinha) que está sempre presente em todos os restaurantes de hotel?
Ou se calhar é a música ouvida pelos funcionários da cozinha do restaurante do hotel?
Bem, enquanto tento descobrir a origem de tal etiqueta, deixo-vos com esta fantástica "St. James Infirmary" de Cassandra Wilson ao vivo no Festival de Jazz de Monterey.

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