domingo, 9 de dezembro de 2012

Sempre...e quase sempre a bola de espelhos!

Numa altura em que começam a cair por toda a imprensa, rádios e internets as frias e cruas, mas também úteis para quem anda distraído, listas dos melhores álbuns do ano, é altura de também eu cair na tentação de fazer o meu apanhado.
Na dúvida entre o primeiro e o segundo...não interessa a ordem, destaco o caleidoscópico álbum homólogo dos Django Django, editado pela Farol e o sumptuoso e prolífico "Blunderbuss" do senhor Jack White pela Popstock, ambos já aqui referidos com o seu devido lugar de destaque.
Mas o que me trouxe aqui hoje diz respeito a outra novidade que quase me passava ao lado, caso não fosse também um acérrimo leitor dessas tais listagens de final de ano.
"Smalhans" de Lindstrom.
Com o carimbo da minha sempre preferida Smalltown Supersound (até no nome, estes gajos noruegueses têm pinta!), "Smalhans" funciona como uma espécie de reverso da medalha de "Six Cups Of Rebel", também editado já este ano, em que Hans-Peter Lindstrom assumia alguma ambição prog e exorcizava fantasmas que nunca escondeu que sempre o assombravam.
(É isto o bonito das descrições de um álbum...só percebe quem escreve, os outros imaginam como é que eu estou a pensar e se esses fantasmas traziam um lençol branco ou se era azul clarinho!)
Com "Smalhans", o norueguês regressa ao disco sound (finalmente), aos arpeggios em crescendo, às linhas de baixo sinuosas e dançantes, voltando a centrar as atenções na bola de espelhos e mandando ligeiramente para trás das costas as não menos fantásticas paisagens à Roger Dean.
Menos Hawkwind, mais Giorgio Moroder.
No fundo...Lindstrom regressou ao terreno que melhor conhece!




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