
Tó Trips, ex Lulu Blind, (guitarras) nasceu em Lisboa no século passado - 1966 - desde cedo começou a tocar a sua guitarra partida com músicos do Além. Os seus dotes musicais levaram-no para lugares distantes da sua terra natal, é frequentemente sussurrado que foi visto a tocar com um fantasma de um fadista, no deserto de Atacama, na América do Sul.
Desde que ouviu um disco de Carlos Paredes no seu gira-discos avariado que a sua música nunca mais foi a mesma, inventando um estilo que agora alguns chamam de western-fado.
Às vezes é possível vê-lo a tocar a sua guitarra despedaçada em becos escuros, algures em Lisboa.
Pedro V. Gonçalves (contrabaixo, guitarras, kazoo e melodica) nasceu também em Lisboa no século passado - 1970. Este misterioso personagem foi visto durante anos em clubes de Jazz por todo o mundo, sempre a fumar e a beber, mas sempre sem falar. Alguém disse que uma certa vez durante um dos seus concertos, incendiou o seu contrabaixo. Desapareceu desde então.
Nunca mais foi visto em clubes de Jazz, mas é frequente ouvir histórias de que deambula pelos becos de Lisboa, carregando o saco do seu contrabaixo que, dizem, contém o corpo de uma amada.
Em 2004 lançaram o seu primeiro álbum “Vol.1″, editado em parceria com o Diário de Notícias e com a TSF, aclamado pela crítica e público como um dos melhores discos do ano.
Já em 2006 lançaram a sua segunda longa-duração intitulada “Vol. II - Quando a alma não é pequena”, contendo 14 faixas originais e um lote de convidados de peso, como João Cardoso, Sérgio Nascimento, Nuno Rafael e Paulo Furtado (The Legendary Tiger Man).
Os Dead Combo pegam na essência do fado e cobrem-no com pó vindo do Western, e, nas palavras dos próprios, “tocam Lisboa, a cidade do campo, das chaminés e das cúpulas brancas, cenários de um passado perdido, o fado, o Western vadio, tudo junto num voodoo de emoções, clichés e histórias entre o Tejo, as estradas do sul, os amantes desencontrados, anjos abandonados nas encruzilhadas do destino, vozes de mulheres, flores com cores trocadas, santos, câmaras ardentes, guitarras despidas, cuspidas e deitadas à rua, contrabaixos em fogo, cartolas e coisas que rolam na rua”.
E é assim que se faz o estranho mundo dos Dead Combo...
(Site Oficial: www.deadcombo.net)
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