domingo, 4 de maio de 2008

Desespero e sedução directamente da América!

Enigmática, exuberante, polémica, versátil com ascenção grega afirma-se como uma das personagens mais interventoras e controversas da música de vanguarda.
Diamanda Galás!
A pianista e virtuosa vocalista norte-americana vai realizar três espectáculos em Portugal para apresentar o seu mais recente trabalho, intitulado "Guilty, Guilty, Guilty", recentemente editado.
E quem lhe dá "caminha e roupa lavada" é a também recente promotora In Music we Trust.
Diamanda Galás é dona de uma voz de enorme amplitude, abrangendo três oitavas e meia, e de intensidade excepcional, usando o grito como um dos seus mais frequentes recursos expressivos, a par com os lamentos e sussurros, de forma a transportar o ouvinte para universos de grande dramatismo e desespero.
A vocalista destacou-se pela primeira vez a nível internacional com a performance "Wild Women With Steak Knives" (1980) e com o álbum "The Litanies of Satan" (1982).
Em 1991, Galás criou controvérsia com "Plague Mass", projecto gravado ao vivo na catedral de Saint John the Divine, em Nova Iorque, em que chama a atenção, usando textos bíblicos, para a indiferença com que a Igreja Católica Romana e a sociedade em geral tratam as vítimas da sida.
Durante as duas últimas décadas, o vasto trabalho musical e performativo de Galás incluiu "The Singer" (1992), uma compilação de temas tradicionais de blues e gospel, "Vena Cana" (1993), "The Sporting Life", resultante de uma colaboração com John Paul Jones (baixista da banda "Led Zeppelin"), "Schrei 27" (1996), um solo radical sobre a tortura do isolamento, e "La Serpenta Canta" (2004), entre outros.
Galardoada em Itália com o prestigioso "Demétrio Stratos International Career Award", Diamanda Galás compôs ainda vários temas para bandas sonoras de filmes de Oliver Stone, Wes Craven, Clive Barker ou Francis Ford Coppola.
O novo álbum não se baseia apenas no repertório original de canções de amor trágicas de Galás, conta também com versões de temas de Juliette Gréco, Jacques Prévert, Edith Piaf e Johnny Cash.
A intensidade das suas actuações não conseguem deixar ninguém indiferente.
As emoções cruas presentes na sonoridade do piano variam da aparente felicidade ao terror evocado pela morte do amor.
Assim sendo e para que não restem desculpas para não ir ver a diva norte-americana ela vai estar dia 6 de Maio no Theatro Circo de Braga, dia 8 de Maio na Casa da Música e dia 10 de Maio na Aula Magna em Lisboa!
Três concertos intimistas que prometem surpreender, que a Xangai recomenda!

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