
Mas tal como o vinho do Porto ou como a eclesiástica aguardente, há que dar tempo às coisas para madurarem e ganharem aquele travo amarelado e encortiçado para na altura apropriada dizer-mos qualquer coisa como: "Que bela pinga, até me arrepia aqui atrás das orelhas! Ah... Venha outro!"
Não é que o albúm que vou destacar hoje não me tenha arrepiado quando o ouvi pela primeira vez, mas na altura ficou na prateleira, adiando a sua degustação para mais tarde!
(À parte: lembro-me que na altura andava em "retiro metodológico" acerca do furacão do dubstep que rebentou nessa altura na capital britânica a arredores...bateu-me forte!).
Mas hoje foi o dia! Xeque-mate!
Capa gira, sim senhor! Uma espécie de tanque de guerra transformado num estúdio de gravação calcorreando cubos minimalistas com umas montanhas por trás a deixar respirar uma certa frescura!
Mas chega de deambulações pop e vamos ao que interessa!
Os Bugz In The Attic são 9 (número curioso, este!)! Orin Walters (aka. Afronaught), Paul Dolby (aka. Seiji), Kaidi Tatham, Daz-I-Kue, Alex Phountzi (aka. Neon Fusion), Cliff Scott, Mark Force, Matt Lord e Mikey Stirton.
Respirando a brisa cinzenta de Londres, nascem no meio da cena underground e clubística no seio da comunidade de DJs e produtores de música electrónica com cheirinho a soul e pitada a broke beat.
Com gosto apurado e ouvido refinado não perderam tempo a montar uma editora conhecida por BitaSweet Records e conta já com centenas de singles e remixes editadas.
O álbum de estreia dos Bugz In The Attic, Back in the Doghouse é editado pela V2 Records em 2006, e é uma fusão (ou sopa, ou miga!) imaculada de funk, dub, hip hop, afro-sounds, soul, house, jazz e muitas mais coisas para quem for adepto das classificações, mas o que realmente importa é que esta prendinha é selada com um lacinho de muito groove! Boa onda mesmo!
Mas hoje tanto na música como em qualquer outra área de serviço público, "quem tem um olho é rei" e os Bugz In The Attic lançaram um desafio a quando do lançamento do album.
Propõem uma remistura do single "Move Aside", e o vencedor ganha uma viagem aos seus estúdios em Londres. Nada mau! E a viagem? Pagamos nós?
Estes tipos são muita porreirinhos, mas também são muita preguiçosos! É preciso pedirem a alguém para fazer o trabalho deles! O que é que eu disse, olho para o negócio! Só se sabe que não exigem recibo e que prometem por o nome do remisturador na faixa!
Já não é mau! O que...???? Desculpa pah, o album é excelente!!!!
Vai uma pinguinha?
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