
Nascido em Port Arthur, no Texas, Rauschenberg iniciou juntamente com Jasper Johns, nos anos 50, um momento de viragem na arte americana, então dominada pela pintura abstracta da chamada Escola de Nova Iorque, criando uma pintura que se deixava interpelar e absorvia os signos dominantes da sociedade das massas, o que havia de fazer dele um precursor do movimento pop.
Uma pintura suja, onde abunda a técnica mista e onde as imagens se fundem numa amálgama de sinais, seria a sua imagem de marca nos anos 50, processo que se radicalizará com a inclusão de objectos ou a passagem da parede para a escultura.
Na década anterior, havia estudado em Paris na Academia Julian e no Kansas City Art Institute. Foi nessa altura que conheceu Susan Weill, de quem teve um filho.
A sua produção artística segue progressivamente um caminho de depuração, com significativo recurso a objectos do quotidiano (...). Cartões, restos de metal e outros objectos pobres são então utilizados num contexto artístico que não perde de vist os protocolos da pintura e da escultura e que tem um familiaridade estética com a "arte povera" italiana.
A sua obra conheceu várias revisões retrospectivas, como a do Jewish Museum em 1963 ou do Museu Guggenheim em 1997, tendo-lhe sido atribuído em 1964 o Grande Prémioda Bienal de Veneza, fazendo dele o primeiro americano a receber aquele galardão.
Foi ainda coreógrafo, fotógrafo e compositor.
(Fonte: Expresso)
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