domingo, 8 de junho de 2008

"Digitalisses..." Benga - Diary Of An Afro Warrior!

Em plena época de euforia e boa disposição não podemos passar ao lado do Campeonato da Europa em terras alpinas. Catalisador expansivo com capacidade de agregar tanta coisa a pouco mais de duas dúzias de senhores que "levam mais além o nome da nossa terra", até que começou bem!
Primeiro jogo, primeira vitória!
Mas como não é só de bola que os jornais se ocupam (Ai não? Então e a TVI!? Ah pois!) ainda vão por aí aparecendo umas novidades fresquinhas que merecem destaque aqui na Xangai!
Como queremos que andem bem informadinhos sobre os novos rumos da música, hoje trago-vos o nome de mais uma "rodelinha mágica".
Vamos então apanhar um avião directo para Londres ou lá perto, pode ser?
De novo o dubstep em cima da mesa para discussão e quem leva os estandarte é Benga!
21 anos na pele, este menino londrino de nome Beni Adejumo anda de boca em boca tudo por causa do seu "novo" trabalho "Diary Of An Afro Warrior", editado recentemente sob tutela da Tempa (quem mais poderia ser?).
Há sete anos que Benga aparece na cena londrina trazendo à comunidade underground músicas focada nos sub-graves, misturada com drum’n’bass e com forte componente dancável, sendo apimentada por raios de dub jamaicano!
Nesta altura fazia-se acompanhar de Skream e Digital Mystikz e ia lançando alguns trabalhos regulares editados na sua própria editora, a Benga Beats.
2006 foi o ano em que Benga se atira ao "primeiro álbum" e chega Newstep!
Na verdade era uma espécie de apanhado de temas que o músico tinha editado até aí, podendo então considerar-se o "Diary Of An Afro Warrior", o seu verdadeiro primeiro disco!
Primeiro álbum, primeiro salto!?
Entre a envergonhada introdução do jazz ou a inoculação corrupta do techno hipnótico, existe um Benga multifacetado que demonstra dominar o estilo como ninguém ao longo das 14 faixas que preenchem o registo!
A diversidade é uma marca deste disco e conseguindo ser maleável e avançar no tempo (sem estragar), representado (acho eu!) a identidade pessoal do artista.
Em “Zero M2” e “B4 the Dual” o dubstep alia-se a conjuntos de sopro jazz, a influência do dub jamaicano marca uma forte presença em “Crunked Up”, enquanto que o techno alienado casa na perfeição com os baixos pesados do dubstep em “E-Trips”.
Antes do disco ter sido lançado saiu o single “Night” (que até entrou no Top 100 dos mais vendidos no Reino Unido) e que se tornou num sucesso instantâneo, muito graças ao sintetizador aquático com uma melodia bastante "catchy".
Envolto numa produção carregada de maquilhagem digital, "Diary Of An Afro Warrior" é um disco de ambientes soturnos, onde o som do baixo grave, quase cavernoso, nos obriga a metermo-nos numa cave bafienta, ao mesmo tempo que o cérebro e o coração andam à mil à hora completamente desordenados!

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