domingo, 9 de novembro de 2008

Algo espacial, demasiado pegajoso...Tigersuhi!

E fez-se história...Obama no poder e um novo capítulo da história é aberto...ou melhor dizendo, logo se vê! Politicas à parte, e sim porque faz mesmo falta descomprimir daquilo que se pode apelidar de "politiquice de compressão massiva" das últimas semanas é tempo de respirar algum vagar e ter tempo para saborear novos sabores...nojentos! Estranhos...!
A editora francesa Tigersushi (do senhor Joakim), que ainda há bem pouco tempo andou a passear pelo Fundão é o motor injector por trás destas duas verdadeiras "panelas" ferrugentas que hoje me trouxe até à Xangai!
E a notícia não é nova...bem poderia ter sido se fosse no ano passado, mas como na Xangai não não há calendário nem relógio tudo é bem vindo seja a que momento for...nem que só descubramos a verdadeira essência dos Kraftwerk daqui a 20 anos, eles serão bem vindos!
Na ressaca de mais um "balázio certeiro" de Villalobos com "Vasco EP" hoje proponho-vos duas viagens cósmicas com rotas de navegação muito diferentes!

"Cosmo Galactic Prism", com Prins Thomas nos comandos respira a pura "cosmicidade" do termo e reflecta a tentativa de Thomas em resumir um set de oito horas (e depois ainda falam de mim...) a apenas duas horas!
E para uma viagem que começa em Joe Meek e termina nos Parliament de George Clinton a única coisa óbvia é o esforço de fugir ao... óbvio.
Procurando derrubar fronteiras entre o que é novo (Crue-L Grand Orchestra, Glissando 70, Bjorn Torske, Boards of Canada, Metalchicks, etc) e menos novo (Hawkwind, Holger Czukay, The Salsoul Invention, Bob James...) e no processo oferece-nos as coordenadas para a viagem perfeita.
Rock cósmico, disco cósmico, enfim...alguns DJs têm-nos ensinado que isso pode ser mais do que a designação literal e Prins Thomas consegue contar alguma história com princípio, meio e fim, convocando toda a gente para a mesma praia e a sua visão house quase normaliza todo o processo, isto é, não o torna homogéneo mas dá-lhe uma história comum.

"Dirty Space Disco", a segunda proposta, está a cargo de de Dirty Sound System e a julgar pelos visuais da capa, "Dirty Space Disco» indica logo onde se está!
Mas não se deixem enganar pelo título do disco...apesar de parecer ser algo sujo, o que se ouve está bastante mais próximo de uma ideia exótica (tanto que gostamos deste termo na Xangai), romântica, do género de música que sugere que algo que está para acontecer ou que se deseja que aconteça de determinada forma.
"Dirty Space Disco" tem muito mais drama e emoção do que revela à superfície e não é apenas mais uma colecção de música retirada do tempo em que um beat electrónico bastava para tornar tudo diferente, embora a combinação entre um fundo sintético e vozes soul opera maravilhas e coloca realmente a música num outro patamar de interesse.

Uma sugestão: Invistam 1 horinha na net ou algumas notas da carteira e arranjem além deste "Dirty Space Disco" (Tigersushi - 2007), o "Elaste - Vol. 1 e 2" (Compost) e o "Computer Incarnations For World Peace" (Sonar Kollektiv - 2007) e deliciem-se com a visão fantástica de alguma da mais estranha música de dança na década de 80!

"I Need Somebody To Love Tonight"
Boa semana!

2 comentários:

aBARATAvoadora disse...

Se me é permitido. e como se fala de Tigersushi, deixa-me acrescentar uns magnificos Poni Hoax e uns espaciais Principles of Geometry...

Anónimo disse...

Andas mesmo noutro comprimento de onda.tenho saudades das nossas tardes de O2. continua.bj