terça-feira, 17 de novembro de 2009

Erika Stuky

Já lá vão 3 anos e de tempos em tempos ainda me vem à memória a tranquilizante e apaziguadora semana por terras helvéticas, onde o ar é ainda mais puro e o céu se deita no cume das montanhas, regresso de novo!
Como manda a ordem, quando se viaja tenta-se descobrir aqueles tesourinhos guardados e que não vêm nos guias American Express, por isso, na altura decidi perder-me 2 horas numa loja de discos em Lucerna.
Depois de me tentar fazer entender no meio de muitas "línguas" e em nenhuma em específico lá dei com o nome de Erika Stuky (totalmente desconhecido na altura)!
Phones nos ouvidos e um suiço com olhar de desconfiado..."Lovebites" a girar enquanto lá fora a noite parecia cair.
Bem, desconcertante...é o termo mais apropriado para altura.
Hoje, e seguindo a lógica plastificada da semana, venho falar-vos dessa tal menina que 3 anos depois de a conhecer, me dá o imenso prazer de a considerar uma verdadeira alma desatinadamente criativa e colocá-la em destaque como uma artista do topo lá na prateleira do fundo do estúdio da Xangai...sim, isto aqui são mais as prateleiras que outra coisa :)
No final dos anos 60, a menina Erika passava os dias com os pais hippies, no parque da ponte Golden Gate, São Francisco, a fazer piqueniques ao som de rock psicadélico.
A entrada na idade adulta coincide com o regresso à Suíça, sua terra natal.
O cenário muda: são os prados e as neves dos Alpes; ouve-se “yodel”, dança-se polkas.
Vocalista com formação em jazz e acordeonista, usualmente acompanhada dos Roots of Communication (Robert Morgenthaler, Jean-Jacques Pedretti e Peter Horisberger), donos de instrumentos como a enorme trompa dos Alpes, a bateria e o trombone.
Comparada a Laurie Anderson e Meredith Monk, Erika canta em inglês e alemão suíço composições próprias e versões de artistas contrastantes (Led Zeppelin, Doris Day, Jimmi Hendrix, Procol Harum...).
Uma mistura de pop, jazz vanguardista e muito “yodel”, servida por uma cantora cheia de recursos, humor refinado e grande sentido do espectáculo, para uma das mais fortes candidaturas a revelação do festival.
Na sua música cruza-se referências do rock, pop alternativa, jazz vanguardista, tradição suíça e, sobretudo, um imaginário muito pessoal.

Uma espécie de amor à primeira vista!



Uma "salada suiça" para dar a conhecer..ela e os amiguinhos todos...e vejam este até ao fim, vale a pena!



E aqui foi quando veio ao FMM em 2007 e pôs muita gente a acreditar que as bruxas realmente existem!



E ainda hoje têm medo delas!

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