segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Lindstrom & Christabelle - Real Life Is No Cool

Há já alguns dias que não aparecia na Xangai, mas esta altura do Natal tem sido demasiado movimentada, com compromissos para todo o lado, que nem as coisas de "trabalho oficioso" tenho conseguido despachar.
Ainda bem...assim sabe bem melhor!
Para a semana! Ou para a próxima, logo se vê!
No entanto, agora que tudo está mais calmo, trago-vos novas do mundo do space-disco...ou algo do género!
O norueguês Hans-Peter Lindstrom encerra 2009 provando ser o artista mais criativo da invasão nórdica que assolou a música de dança moderna nos últimos anos.
Depois da aventureira em jeito de "jam session" que marcou o seu retorno em dupla com Prins Thomas em "II", Lindstrom fecha o ano com o disco "Real Life Is No Cool", uma vitrine de requinte e bom gosto ao lado de Christabelle.
O lançamento ocorreu este mês sob tutela da Feedelity (selo editorial de Lindstrom) e também pela Smalltown Supersound, um dos melhores redutos editorias da música de dança nesta década.
Christabelle é a morena Isabelle Haarseth Sandoo, cuja sensualidade está na voz macia e claro, nos seus lábios apetecíveis.
Parceira das progressões cósmicas de Lindstrøm desde o começo da sua carreira, destacou-se em faixas como "Music (In My Mind)" de 2003 e no próprio "primeiro" tomo do norueguês, "It's a Feedelity Affair".
"Let it Happen" e "Let's Practise", que agora aparecem em "Real Life Is No Cool", surgiram em 2007 e tinham por baixo assinatura de Solale, nome adoptado por Christabelle na altura.
"Real Life Is No Cool" apresenta-se como um registo irónico às avessas!
Lindstrom está mais divertido e sexy que nunca!
Olhando para os primórdios da disco music nórdica, Lindstrøm e Christabelle vistos hoje, surgem como uma espécie de reinvenção da parceria histórica entre Moroder e Donna Summer.
Sensualidade negra é casada magistralmente com o branquelismo harmónico e robótico europeu. E se quisermos esmiuçar mais a coisa, podemos dizer que de certo modo, foi assim que nasceu a house music e o techno.
"Real Life Is No Cool" abre com a curiosa "Looking for What", em que Lindstrom picota os versos de Christabelle numa abstração quase assustadora e o synth "Morodiano" surge ritmado por pianos gordos e riffs hipnóticos.
Quando o piano surge grandioso, a morena começa a cantar e soltar as suas frases desconexas, em espécie de monólogos sussurados.
Hype neo-disco deixado a largas galáxias atrás...cada vez mais cheio de personalidade pop electrónica por excelência!
E de facto, o disco vai bem mais além, muito mais além!
"Baby Can't Stop" é um electro-funk que lembra Yuksek e Les Rythmes Digitales, saxofones homenageando "Wanna be Startin' Something".
É feito para as pistas de dança, mas "Real Life Is No Cool" tem uma animação mais contemplativa e "atmosférica" do que necessariamente "clubber".
As explosões de "Lovesick" são ótimas!
E a remix pelos Aeroplane, genial!
"So Much Fun" é piano house puro, com guitarras abafadas.
Neo-disco típico que me fazem acreditar cada vez mais no paralelismo (umbilical) com os ABBA.
Lá já para o fim, "Never Say Never" brinca com a rotação ao contrário e é no mínimo enigmática! Culmina com "High & Low" que chega de mansinho carregada de R&B, com Christabelle armada em fofa e a fazer lembrar uns Glass Candy ou uns Chromatics.
A mais recente parceria de Lindstrom com Christabelle é um novo ápice na carreira do produtor norueguês, que terá lançamento anunciado para os EUA e Europa só lá para Janeiro, porém já por aí circula nos meios menos óbvios...
Para quem não quer esperar mais tempo...aconselho-vos que vale bem a pena todos os kb gastos na sua transferência!
Neo-pop espacial de excelência!
Que (período) de Natal fantástico!
Que final de ano mágico!











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