E por falar em Aquaparque...hoje, mais um momento cósmico!
Pedro Magina tem nova edição, desta vez em formato cassete numa das editoras mais hot da última década, a Not Not Fun.
Viagens coladas ao imaginário dos sintetizadores dos anos 80, à Sky, a Vangelis, ao bom Jean Michel Jarre, e à memória.
Não é a memória, ou as lembranças, que movem hypnagogic pops e chillwaves; ou seja não é uma reciclagem dessa memória, o aproveitamento da sintonia de uma geração, que por arrasto convence outra que não viveu essas “memórias”.
É antes uma coisa que permanece, que se vive e não se recorda, como se fizesse (e faz) tudo parte do mesmo. Por isso na música de Magina, tanto em “Nazca Lines”, o EP anterior, e neste “Nineteen Hundred And Eighty Five”, não se vivem tanto as recordações, mas um estado de espírito actual, total, e é por isso que aqui se encontram fogos dos Aquaparque e dos June sem a sua música perder um carácter identitário, porque ela forma uma própria identidade.
Munido com o seu Casio, Magina atravessa esse campo da memória, que situamos desde finais dos 70s até aos dias de hoje, pelo reinteresse no género como Oneohtrix Point Never, Emeralds, Umberto e tanto vai a estes como entra sem descaramento no imaginário dos Spacemen 3/Spiritualized dos primeiros anos, como é demonstrado em “Sunday Morning”.
“Miyagi”, “Sparkling Bee” e “Minor Romance” são comprimidos de satisfação, uma espécie de bom resumo de uma viagem maior.
“Miyagi”, “Sparkling Bee” e “Minor Romance” são comprimidos de satisfação, uma espécie de bom resumo de uma viagem maior.
Uma grande razão para recuperar o leitor de cassetes.
Absolutamente essencial!
(Adaptado, in Flur)
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