sexta-feira, 8 de abril de 2011

As discussão das "vocações" na descoberta do indie gospel!

Afinal, errámos quase todos na profissão!
Nunca a economia foi tão motivo de conversas de café e elevador, o que me leva a crer que isto tudo bem espremido daria uma enorme massa de economistas com uma rigorosa capacidade crítica e detentores de um raciocínio exímio e conscientemente criativo que, se tudo corresse de acordo com os nossos pensamentos à posteriori, poderiam ter-nos evitado a atingir o estado "lamacento" em que hoje nos encontramos!
Mas qual estado, pah!?
Na minha opinião, acho que ninguém percebe é mesmo nada de nada...somos uns meros papagaios sul-americanos inflamados pelos media que nos impelem, quase automaticamente, para a constante repetição de nomes como FMI, Grécia, UE, divida pública, crise polítia...enfim, somos uns papagaios fiéis...mas contentes! 
Como dizia o outro: "...deixa arder..."!
Mas como não quero transformar a Xangai Market num sub-refúgio cibernético de desabafos pseudo-político-financeiros, hoje trago-vos para cima da mesa, o novo álbum de Daniel Martin Moore e o seu indie gospel.
DanielMartin Moore, que assinou contrato discográfico depois de enviar uma maquete para uma editora que faz questão de dizer que não aceita maquetes, a Subpop, avança agora com "In The Cool Of The Day", onde imperam as "baladas gospel".
Clássicos e um par de originais fazem um disco onde Moore recorda, sobre arranjos simples apoiados sobretudo em piano e guitarra acústica, os ecos da sua infância passada no Kentucky.
Como Bill Withers a cantar Beatles como se estivesse no púlpito de uma igreja, Moore usa as malhas desta música espiritual para se voltar a ligar a uma ideia de pureza arrecadada na memória.
Gravado sem truques, com a voz tão transparente como um riacho de montanha, este "In The Cool Of The Day", equilibra o pecado de expor quase em demasia a voz frágil de Moore e a virtude da franqueza dessa mesma exposição!
No fim de contas, um equilíbrio arriscado a roçar a solenidade da noite que agora levita sobre as nossas cabeças! 

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