
Foi essa a aposta de Catarina Molder: partindo da grande atracção entre opostos, como principio unificador, pretende-se desvendar as ligações possíveis e aparentemente ocultas destas diversas linguagens musicais, plásticas e cénicas, homenageando grandes momentos e grandes intérpretes.
A fé religiosa de Messiaen passa em queda vertiginosa para a "perdição" com trechos de ópera "Lulu" de Alban Berg e da "Cantata Fausto" de Schnitke, com a provovaçãoe sensualidade cruas do kabarett alemão, nas canções de Kurt Weill, Schonberg e Hollaender.
O Canto como uma libertação superior, a sublimação dos nossos gritos, dores, alegrias e desesperos que uma cantora desenvolve num percurso iniciático.
Catarina Molder será também actriz do que canta e, quer ela, quer a poesia e a música irão alimentar o universo imagético do vídeo, que interagirá, gerando retroacções com a "fonte". Direcção cénica de José Caldas, vídeo de Noé Sendas, figurinos de Adriana Molder, desenho de luz de Paulo Graça e caracterização de Jorge Bragada.
Partida, despedida, passagem para o interior da nossa memória, dos nossos sonhos, dos nossos medos, procura, encontro com o duplo, encontro amoroso, perda, iniciação.
in, Blah Blah Blah, Maio ´08
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