Vidros fechados ao ponto de provocar uma verdadeira bolha de vácuo, traço de volume um pouquinho mais acima, chave na ignição e estrada!
Está sol e o rio parece mais azul, o som também é bom!
Já abordado em viagens anteriores por passagens por Lisboa, hoje volta a estar de novo em cima da mesa o nome de Gabriel Ananda!
Chama-se Bambusbeats e carimbou a presença do alemão no ano de 2007 no panorama da música de dança com mais um tiro certeiro!
A estrela da companhia da cena minimal de Colónia, Gabriel Ananda fez-me pensar em duas coisas.
Primeira, isto realmente é bem menos melódico e abstracto do que certas outras coisas que ouço! Certo! Segundo, será que Gabriel Ananda se está a transformar num músico de jazz?
Gritos?! Desespero?! Pânico!? Não!
O feeling geral do disco pode ser definido, como uma matriz minimal orgânica...mas um pouco diferente do convecional!
Hipnótico e repetitivo sem cansar...Ananda parece torcer o nariz aos clichés que ditam os "padrão-base" da música de dança minimalista, criando um clima aberto e cadenciosamente apetitoso!
"Offbeat" tem tech-groove viajante e "Bambus" respira alguma coisa bem perto da raíz subterrânea que atravessa Europa por baixo da terra e mar e chega a África. Suponho que seja bem no centro!
"Egge" e "Take Off" são puras e à moda antiga! Só que uns aninhos depois!
"Trommelstunde" carrega um ritmo chocalhante com rasgos a tocar no jazz com uma caixa aqui e um prato acolá.
Já quase a chegar, "Lamakova" chega bem mais delicada, como se de um groove acolchoado se tratasse e dissesse "Tem um bom dia!"
Sofisticação sonora e um raro requinte foi a prenda que Mr. Gabriel Ananda me ofereceu!
Não é fresquinho mas é " bem bonzinho" :)
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